Estimular a inclusão social das crianças e jovens, promover o desenvolvimento de habilidades e ampliar o acesso ao conhecimento, por meio da prática da leitura. Esses são os objetivos do projeto Literatura Acessível, que tem como foco especial a parcela da população com alguma necessidade específica ao ato de ler, como disléxicos, pessoas cegas ou com dificuldades de visão, surdos e autistas.

Com o patrocínio da Mineração Usiminas, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a iniciativa chegou a Igarapé. As atividades tiveram início nesta segunda-feira, 19 de setembro, quando alunos e professores da Escola Municipal Maria Constância da Silva Moreira e da Escola Municipal João Alves Pereira receberam o espetáculo “Incluídos & Misturados”, que tem histórias protagonizadas por personagens com alguma deficiência. A montagem traz um olhar para a diversidade na perspectiva inclusiva e conta com intérprete.

Além da apresentação teatral, as instituições de ensino receberam uma coletânea infantojuvenil, com quatro livros em multiformato – impressos, que reúnem em um único exemplar braille, pictogramas e acesso a versão em Libras e audiodescrição. O “Literatura Acessível “foi recentemente reconhecido com o prêmio Unesco-Confúcio de Literatura.

“Nosso foco é na formação profissional e esse momento nos permite entender os desafios e as potencialidades das pessoas com deficiência. É uma via de mão dupla essa relação. A nossa sociedade precisa entender que a educação precisa ser para todos, possibilitando ações na perspectiva da emancipação e não da segregação”, afirma Carina Alves, que é psicóloga, empreendedora e ativista social, presidente do Instituto Incluir e idealizadora do Literatura Acessível.