Lobo-guará recebe colar com GPS em ação inédita da Mineração Usiminas

A Mineração Usiminas em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), alcançou um marco com o projeto Pegadas da Serra Azul. Por meio da iniciativa, que faz parte do Programa de Monitoramento da Fauna da região onde está localizada a empresa, em Itatiaiuçu, foi capturada pela equipe responsável pelo monitoramento de fauna uma fêmea de lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) de aproximadamente 12 anos de idade.

Após examinada pela equipe composta por biólogos e veterinários, recebeu um colar com GPS e, desde então, vem sendo monitorada pela equipe com o uso da tecnologia. O animal foi batizada pela equipe de monitoramento como “Sansa”. Importante salientar que o lobo guará é considerada uma espécie vulnerável pelo próprio Ibama.

Pegadas da Sansa

Graças ao dispositivo de rastreamento é possível determinar exatamente onde a Sansa está, em tempo real. Os dados recolhidos a partir deste dispositivo podem determinar os movimentos diários, o tamanho da área em que circula e quais os seus habitats naturais.

A análise destas informações permite, por exemplo, indicar novas formas de manejo das populações estudadas, determinar o impacto do desenvolvimento humano sobre elas, ou, ainda, ajudar na compreensão se em uma área há um número suficiente de indivíduos de uma espécie que permita a sua sobrevivência.

Termômetro da biodiversidade

O gerente de Meio Ambiente da Mineração Usiminas, Guilherme Silvino, explica a importância da ação: “Assim como a onça, o lobo-guará está no topo da cadeia alimentar e é um animal líder de território, relevante termômetro da biodiversidade. A partir da captura para implantarmos o colar com GPS, iniciamos um processo mais intenso de rastreamento, que vai fornecer informações de inteligência para a preservação. Além disso, é a primeira vez que esse animal do cerrado é capturado na região da Serra Azul, o que torna a ação um marco.”.

O projeto “Pegadas da Serra Azul” visa o acompanhamento do comportamento e habitat de animais nativos, entre os quais estão também a onça parda e a jaguatirica, com foco na ampliação das ações pela preservação das espécies. A captura é feita mediante rígidos protocolos veterinários e de licenciamento. O processo é realizado por equipe multidisciplinar e o animal passa por uma série de exames para avaliação das suas condições de saúde, com análise do sangue, unhas, dentição e pelagem. Se identificado algum problema, é encaminhado para uma clínica e passa por tratamento até se restabelecer.

Para o Superintende do Ibama em MG, Enio Fonseca, essa iniciativa da Usiminas, de se monitorar a fauna ameaçada de extinção traz importantes informações para toda a sociedade, sobre a nossa biodiversidade

Pegadas da Serra

O projeto Pegadas da Serra teve início no segundo semestre de 2020, com o objetivo de monitorar, através de telemetria, animais como lobo guará, jaguatirica e onça puma, grandes mamíferos portanto. As áreas alvo do monitoramento são as regiões adjacentes aos empreendimentos da Mineração Usiminas: Minas Oeste, Central e Leste, perfazendo um perímetro que abrange os municípios de Itatiaiuçu, Mateus Leme, Igarapé e Itaúna.

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